Essa é uma estória comemorativa ao Dia do Feirante – 25 de Agosto
São 3:50 h e o despertador já toca na casa de Vilma.
Num salto ela desliga o barulhento e dá aquela espreguiçada gostosa.
Põe um sorriso no rosto e vai para o banho, para acordar de vez.
Essa é a sua rotina de terça a domingo, madrugando para montar sua barraca de frutas nas feiras livres da Zona Leste de São Paulo.
Cada dia num bairro, mas sempre com a mesma garra e alegria, pois mais do que clientes, ela sempre encontra amigos.
Dona Verinha é uma delas. Elas se conheceram na feira no Belenzinho e se tornaram grandes amigas, daquelas que se falam sempre ao telefone.
Pessoalmente elas se encontram todas as quintas-feiras e de vez em quando, Dona Verinha surpreende a amiga com um pedaço generoso de bolo de laranja com goiabada.
É sua especialidade e todos adoram.
Ela chega na feira com o embrulho e já vai dizendo:
– Vilminha, adivinha o que eu te trouxe?
Não dá nem tempo de Vilma tentar responder, pois a amiga já emenda:
– Bolo com goiabada! – e solta uma gargalhada.
Vilma fica feliz da vida, pois são tantas atitudes de carinho que ela recebe de seus fregueses amigos, que seu trabalho parece mais uma reunião social ou um “happy hour“.
Não que a vida do feirante seja fácil! Nada disso! Tem muito trabalho envolvido, pois além de montar a barraca, carregar e descarregar a perua, ainda tem que comprar as frutas, limpá-las e selecioná-las.
Mas ela é feliz e tem muito orgulho do seu trabalho, pois feira livre em São Paulo é uma tradição centenária, além do fato de ser uma herança na sua família. Seu avô era feirante, seu pai também e ela agora leva adiante esse ritual de trabalho, amizade e carinho pelos alimentos e pelas pessoas!
Parabéns à todos os feirantes, que nos possibilitam comprar alimentos de qualidade!
Nota: essa estorinha foi escrita por Katia Marques
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