Paulo entra todo feliz em casa, gritando pelo filho:
– Henrique! Corre aqui!
Da porta da cozinha surgem o filho, a mãe e o cachorro, assustados com a gritaria dele.
– O que aconteceu? – pergunta o menino, com o coração acelerado.
O pai, orgulhoso, abre uma sacola e mostra quatro rodelas de ferro, que ninguém adivinha o que são.
– São rolimãs! – responde em êxtase.
O menino olha para a mãe, que dá com os ombros e sai.
– Ah não! Lá vem o papai com outro daqueles projetos estranhos… – pensa o menino.
E o pai, puxando uma cadeira:
– E sabe o que nós vamos fazer com elas?
Henrique não tinha a menor ideia, mas para ele seria algo tão chato quanto as outras coisas que o pai o obrigou a fazer junto com ele.
– Não – responde desanimado.
Ahá! Pois prepare-se, porque essas são as peças principais do nosso carrinho de rolimã!
O menino já havia ouvido falar nesses carrinhos.
Hum, isso pode ser muito interessante! – pensa.
Vendo que conseguiu total atenção do filho, Paulo começa a detalhar o projeto, que na verdade é muito simples.
– Nós temos aquela tábua que eu guardei do guarda-roupas velho. Temos também pregos e parafusos.
E levantando:
– Amanhã é sábado! Vamos acordar cedo para começar a construir o nosso carrinho!
O pai foi para a cama e rolou a noite toda, de um lado para o outro. A ansiedade era tão grande, que só conseguiu dormir algumas horas depois.
Mal tinha amanhecido e o pai já estava cutucando o filho.
– Acorda filhão… Levanta…
O menino se arrastou até a cozinha, onde o pai já tinha preparado o café.
– Coma logo para que a gente possa começar.
– Pai, não são nem sete horas ainda… – reclama.
– Por isso mesmo! Quanto mais cedo terminarmos, mais cedo poderemos usá-lo.
A resposta lógica do pai, convence o menino, que engole o café e corre atrás dele no quintal.
A mãe acorda e não consegue mais dormir, com o barulho do serrote e do martelo.
Algumas horas depois:
– Está pronto! – grita o pai.
Henrique olha, olha e vê que não era bem o que ele estava esperando, mas vê potencial no brinquedo e como investiu sua manhã toda de sábado nisso, tem que acreditar que vai funcionar.
– Agora vamos para a rua – diz o pai, carregando o carrinho debaixo do braço.
Com o carrinho no chão, nosso amiguinho começa a procurar algo, até que pergunta:
– Onde está o freio, papai?
Rindo, o pai responde que o freio são os seus pés.
– Como assim?
Sentando-se no carrinho, o pai explica como funciona:
– Você coloca os pés aqui e vira assim, ó!
Como o filho parece com dúvidas, Paulo resolve demonstrar e sai com o carrinho rua abaixo.
– Seu pai voltou a ser criança. Olha como grita – diz a mãe no portão.
Terminada a descida, o pai carrega o carrinho de volta e desce novamente.
E assim faz por várias vezes, até que o menino se estressa e grita, dizendo que também quer brincar.
– Só mais uma filho, só mais uma – diz o pai, correndo com o carrinho para cima.
Quando enfim Henrique teve a oportunidade de descer a ladeira, o pai foi ao seu lado, gritando e dando instruções.
A bagunça que eles fizeram foi tão grande, que aos poucos os vizinhos foram saindo e pedindo para brincar também.
Em pouco tempo, adultos e crianças estavam fazendo fila para se divertir também.
E assim foi durante o sábado todo.

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