Dorival está agachado na garagem, remexendo suas coisas, guardadas sob quilos de pó, quando seu rosto se ilumina e um sorriso enorme se abre.
– Meu cata-vento! – diz, passando os dedos para limpá-lo.
Seus olhos brilham e ele fica durante um bom tempo admirando o brinquedo.
– Essa camada de poeira ajudou a conservá-lo. Olha como brilha, ainda! – comemora.
Agora ele o movimenta de um lado para o outro.
– E funciona!
Nosso amigo é de um tempo em que os brinquedos combinavam com atividade física. Nada de baterias. Só movimento e imaginação.
– Eu me lembro bem quando titia me trouxe de presente. Eu tinha nove anos… Minha nossa! Isso tem mais de setenta anos!
Levantando-se rápido, diz, rindo:
– Vamos ver se o motor ainda funciona bem como antes! – e sai correndo pelo quintal.
As pás do cata-vento giram velozes e emitem um som que ainda está muito presente em sua memória.
A alegria é tanta, que ele começa a gritar feito criança, o que chama a atenção da esposa, dona Guiomar, que aparece na janela, curiosa.
Antes de perceber o que está acontecendo, murmura:
– Meu velho endoidou de vez…
Mas quando a luz do sol bate no cata-vento, fazendo com que raios multicoloridos se espalhem, ela também sorri e sai para brincar com o marido.
– Eu também quero, Dô!
A casa, sempre quieta e sem agitações, agora parece abrigar uma dúzia de crianças enlouquecidas, tamanha a bagunça que o casal está fazendo!
As vizinhas, não entendendo o que está acontecendo, olham por cima da cerca e se admiram, pois nunca viram os dois tão elétricos.
Agora é a senhora que corre com o cata-vento na mão, seguida pelo marido, com os braços abertos, imitando um avião!
Assim o tempo passa e nossos amigos nos fazem lembrar, que ser felizes só depende de nós e que as melhores coisas da vida, quase sempre são de graça!
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Cada estória vem com um par de dedoches para você imprimir, recortar e fazer com que a brincadeira seja muito mais divertida!
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