Mal amanhece o dia e Yuri começa a resmungar lá da lavanderia.
Vendo que o sol já começa a entrar pela janela e como ninguém o atendeu ainda, põe-se a latir. Primeiro dá uma latida e espera. Late de novo e de novo. Impaciente, nosso amiguinho agora inicia o ritual dos sábados: latir até acordar todo mundo, inclusive os vizinhos.
De repente suas orelhas levantam e ele fica alerta. Uma porta range e ele ouve passos vindo em sua direção.
Com uma cara de sono, surge dona Verinha, ainda de camisola.
Yuri é só alegria e faz a festa ao vê-la.
A senhora nem precisa olhar na folhinha e resmunga enquanto coloca um pouco de ração no pote:
– Como é que ele sabe que hoje é sábado?
O cachorrinho nem toca a comida e vai seguindo a mulher, que liga a cafeteira e pega um pacote de pão no armário.
Alguns minutos depois a campainha toca e Yuri corre na frente, raspando a porta e olhando para dona Verinha, como que pedindo que ela venha logo atender a visita.
– Oi vó… Oi seu bobão…
É Sávio, netinho da mulher, que todos os sábados, religiosamente, vem buscar Yuri para um passeio dentro do condomínio.
– Bom dia, meu amor! – diz a vovó, enquanto coloca uma caneca com café e leite para o menino.
– Não sei o que eu faria sem você… Minhas pernas não aguentam acompanhar esse danadinho… Ele corre muito! – completa.
Com a boca cheia de pão, Sávio concorda balançando a cabeça.
O cãozinho está sentado de frente para o menino, com os olhos fixos nele, como que dizendo: “E aí cara? Vai demorar muito ainda?”.
A avó e o netinho acham graça e riem, juntos.
– Está bem, “Doutor Yuri”! Sei muito bem o que o senhor quer… Vamos passear? – convida Sávio.
Nosso amiguinho conhece muito bem essa frase e quase que instantaneamente dispara em direção à porta.
Assim que o menino aparece no corredor, Yuri pede colo. Ele sabe que o síndico não quer cachorro solto no elevador.
E lá vão os dois para o jardim, correr e brincar muito, sempre sob os olhares de dona Verinha, que acompanha tudo da varanda.
Quando o sol começa a esquentar demais, a vovó acena para que os dois subam de volta.
– Lave suas mãos e tome um copo bem cheio de água enquanto limpo as patinhas do Yuri – pede a vovó.
Satisfeito, o cãozinho também bebe sua porção de água e se joga no seu tapetinho, com a língua de fora.
Vermelho e ofegante, o menino dispara:
– Eu estou ficando velho… Não dá mais para ganhar dele na corrida!
Dona Verinha ri e convida:
– Então, que tal comermos um pouco de queijo com goiabada para repor as energias?
Yuri late.
– Não é para você, seu guloso! – brinca Sávio.
Todos riem, acho que até o cãozinho, que já recuperou as forças e está correndo atrás de uma mosca pela sala.

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