Essa é uma estória comemorativa ao Dia do Imigrante – 25 de junho

A moça da floricultura pede licença ao cliente e sai.
O jornaleiro e o carteiro param para ver o movimento na porta da escola.
Uma pequena multidão de portugueses e espanholas, italianos e holandesas, japoneses e alemãs se aglomera no portão de entrada.
– Hoje é o Dia do Imigrante. As crianças tiveram que se caracterizar com as roupas típicas de um país à sua escolha – diz uma mãe, abrindo a porta do carro para que os filhos desçam.
As pessoas que passam pela rua se encantam e quase não conseguem seguir seu caminho, tão bonita é a cena.
Helena, a alemãzinha é uma das mais animadas.
Enzo, representando a Itália é o mais calado.
Isabel, a japonesa, está dançando funk.
Antonio encarnou mesmo um português e até treinou o sotaque com um conhecido da família.
Enfim o portão se abre e a turma toda entra, ruidosa.
O trânsito até então mais lento, passa a fluir normalmente.
O sinal toca e cada um vai para a sua sala, para se reencontrar na hora do recreio algum tempo depois.
Como parte das comemorações, o intervalo foi dobrado e a criançada se esbaldou com muita pipoca e músicas típicas.
– Nossa, você viu como o Enzo ficou um gatinho? – diz Helena para Isabel, que gosta do menino desde o jardim de infância.
Ai ai ai! Ele sempre foi lindo! – suspira Isabel.
– É o Amorrr… – cantarola Helena, para depois sair correndo e rindo.
Enzo acompanha as meninas com o olhar, enquanto Antonio come um saquinho de pipocas atrás do outro.
– Você vai ficar com dor de barriga, cara! – reclama o italianinho.
– Que nada! Em casa nós estamos acostumados… Eu acho até que como mais pipocas do que arroz com feijão… – justifica Antonio.
– Pipoca é comida típica de Portugal? – pergunta Enzo curioso.
– Sei lá – responde o amigo, já pegando outro saquinho e continuando:
– Meu avô era português… O que eu lembro que ele gostava de comer eram os pasteizinhos de nata.
Eca! Pastel de nata? – diz Enzo fazendo careta.
Rindo, Antonio explica:
– O pastel de nata é conhecido aqui como Pastel de Belém. Igual ao que comemos no Habib’s…
– Ah, ! – exclama Enzo.
Isabel conseguiu alcançar a amiga e pede:
– Lê, vamos comigo pegar um saquinho de pipocas?
– Sei… Estou entendendo a sua intenção – responde a amiga ironicamente.
De braços dados, lá vão elas cruzando o pátio.
Percebendo que as meninas vem em sua direção, Enzo sacode o amigo.
– Elas vem vindo, elas vem vindo!
– Relaxa… aja naturalmente – diz Antonio, acalmando o amigo.
– Oi meninos!
– Olá! – responde Antonio, enquanto Enzo enche a boca com pipocas.
– Nós viemos convidar vocês para pular amarelinha, vamos?
– Claro, vamos lá! – aceita Antonio, arrastando o amigo que está com os olhos arregalados e suando de nervoso.
Cinco minutos depois, a adrenalina da brincadeira deixa todos mais descontraídos e o restante do dia de aulas passa na maior tranquilidade e alegria.

Nós do Estórias para Dormir, agradecemos a todos os Imigrantes que nos ajudaram e ajudam, a construir esse país!

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Cada estória vem com um par de dedoches para você imprimir, recortar e fazer com que a brincadeira seja muito mais divertida!
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