– Mas para que eu vou precisar saber matemática quando crescer? – pergunta Gregório para o professor.
E coçando a cabeça com as duas mãos, reclama:
– Eu detesto matemática! Eu não consigo entender nada!
Paciente, o professor Luiz puxa uma cadeira e fazendo cara de surpreso, começa:
, mas você usa matemática todos os dias, Gregório!
Cruzando os braços o menino faz cara feia e resmunga:
louco, professor? Eu só abro o livro quando sou obrigado a estudar para a prova!
Rindo, o mestre desafia:
– Quer que eu prove que você usa a matemática, pelo menos uma vez por dia?
Agora quem ri é Gregório, que propõe uma aposta:
– Valendo um sorvete?
O professor se ajeita na cadeira e aceita.
– Vou fazer melhor! Se eu provar que estou certo, te passo uma prova surpresa agora, ao invés de ganhar um sorvete. Se eu estiver errado, te pago sorvete todos os dias por um mês! Aceita?
Esfregando as mãos, o menino concorda:
– Feito! – e olhando para o lado, fala para si mesmo:
– Está no papo!
Levantando os olhos, o professor pensa e pergunta:
– Gregório, você toma café da manhã antes de vir para a aula?
O menino estranha a pergunta, mas responde:
– Sim.
Ok… Quem vai buscar os pães na padaria? – continua o professor.
– Sou eu. Enquanto isso minha mãe ferve o leite, faz o café e o meu pai faz a barba.
– Perfeito! E o que você compra todos os dias? – emenda o mestre.
Pensando rapidamente, Gregório responde:
– Minha mãe pede para que eu compre seis pãezinhos e alguma coisa para eu e minha irmãzinha levarmos de lanche para a escola.
– Isso! – vibra o professor, que continua:
– E a sua mãe sempre lhe dá a mesma quantia em dinheiro?
– Não. Às vezes ela me dá uma nota de vinte reais, outros dias apenas dez… – responde automaticamente o menino.
– Certo. Quando ela dá menos dinheiro, como você sabe se vai ter o suficiente para pagar os pães e comprar os lanches para a escola?
– Eu calculo, oras! Os pãezinhos normalmente custam cinco reais. Eu vejo quanto sobra e o que dá para comprar com esse troco… – responde inocente.
Ahá! – dá um grito o professor, quase derrubando o menino da cadeira.
– Viu o que você faz? – diz o mestre, arregalando os olhos, com um sorriso enorme no rosto.
Gregório sem entender nada e com o coração ainda disparado, pelo susto que levou, apenas balança a cabeça negativamente.
– Você faz contas! Você usa a matemática para saber se o dinheiro vai ser suficiente para comprar o que você quer – diz o professor Luiz, satisfeito.
O menino, com o olhar parado e a boca aberta, só consegue pensar que o professor tem razão e que ele perdeu a aposta.
Levantando-se, o professor saltita feliz e anuncia:
– Prova! Por favor guarde todo o seu material na mochila e deixe apenas uma folha em branco, lápis e borracha na carteira.
A satisfação do professor é contagiante.
Gregório ainda tenta negociar:
– Professor… Tem um sorvete de morango na cantina, que é um verdadeiro manjar dos deuses! Para que prova? – diz, mexendo os braços e fazendo careta.
– Que tal irmos para lá agora e aproveitar esse dia quente? – propõe o menino.
– Nada disso, trato é trato… – diz o professor, firme.
Vencido, Gregório puxa a folha e prepara-se para a prova, mas o professor acaba com o seu sofrimento:
– Viu como eu tinha razão?
– A matemática está presente em todos os momentos da nossa vida, por isso é importante que nós saibamos usá-la… Então vamos mudar um pouco a nossa programação… Eu te dou a prova, mas te ajudo a resolver os problemas, tudo bem? Em troca você me promete que vai se dedicar um pouco mais, fechado?
– Demorou* professor! – responde Gregório rindo e abrindo espaço para que o professor sente-se ao seu lado.

* demorou: gíria que quer dizer: claro, com certeza.

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