Essa é uma estória comemorativa ao Dia de São João – 24 de junho

– A ponte quebrou! – diz o locutor, triste.
A fila toda então, dá meia volta.
– É mentira! – ri, esticando a frase.
O pessoal levanta as mãos e reclama, brincando.
O cheirinho de gostosuras se espalha pelo ar.
– Vem logo pai! Tem pipoca, canjica, paçoca e um monte de coisas gostosas! – diz Luiz Felipe ao pai pelo telefone.
Do outro lado da festa, Maria Júlia tenta convencer sua madrinha a descer pelo escorregador gigante.
– Vamos dinda*, não tem perigo!
– Nem que você me pague um milhão eu subo nesse negócio! – diz a madrinha, agarrada à cadeira.
É noite de São João e quase todo mundo do bairro está prestigiando a festa organizada pela paróquia do Padre Bento, que caminha de lá para cá, conferindo se está tudo em ordem.
De vez em quando ralha com uns meninos mais endiabrados, que ficam aprontando com as meninas:
– Moleque, vai estourar essas bombinhas lá atrás!
– Marcelinho, eu sei que é você! Não adianta se esconder! Eu vou contar tudo para o seu pai!
– Ô… Ô… Pode parar! Vocês aí… Não pode furar fila, não!
A fila na barraca das maçãs do amor é a maior e já dá a volta na arena dos carrinhos bate-bate.
Ih, lá vem o pessoal da cadeia! Quem será que eles vão levar preso?
As garotas do Correio Elegante estão sempre cercadas de moças e rapazes que querem enviar bilhetinhos apaixonados.
Maria Júlia desistiu de convencer sua dinda e está andando com as amigas.
– Ah, eu estou com tanta vontade de comer uma maçã do amor… Mas olha o tamanho da fila! – reclama a menina fazendo bico.
De repente suas amigas começam a dar risadinhas e ela fica brava:
– O que foi?
Todas apontam para trás e ela vira-se, tomando um susto.
Luiz Felipe ouviu o lamento da menina e está oferecendo a sua maçã.
– Toma! Eu nem toquei nela… – diz envergonhado.
As meninas riem mais ainda.
Os dois sentem o rosto queimar e ficam mudos por um momento.
– Eu não posso aceitar, obrigada!
– Por favor, pegue! Eu não gosto muito, mas minha mãe fez questão de comprar…
Nossa amiguinha aceita e agradece.
– Quer ir até a roda gigante – arrisca o menino, completando:
– Disseram que é a maior do mundo! – exagera.
– Sério? – pergunta a menina descrente.
– Na verdade eu não sei… Vamos descobrir?
E lá se vão os dois com as outras meninas atrás, rindo baixinho.

* dinda : madrinha

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