– Carlinhos, desça rápido que o café já está na mesa!
– Estou chegando mamãe! – grita o menino enquanto pula os degraus da escada, de dois em dois.
Mal senta à mesa, olha para o pai e pergunta:
– Por que você está de coleira, papai?
A mãe quase derruba o café e cai na gargalhada.
O pai, incomodado e sem jeito, passa o dedo pelo colarinho da camisa e responde:
– Isso não é coleira. É uma gravata.
O menino enche a boca de pão e leite e continua olhando, curioso para o pai, como que esperando algo mais do que a resposta dada.
A mãe, que havia corrido para a cozinha, volta com uma cara de que nada tinha acontecido e complementa:
– É que o seu pai foi promovido a chefe da seção e por isso tem que ir trabalhar de gravata.
– Que coisa estranha… parece aquelas “enxarpes” que você usava mamãe.
– Echarpe! – corrige a mãe.
A mulher olha para o marido, meio encolhido, mastigando lentamente um pedaço de pão com manteiga e diz para o menino:
– Sabe filho, usar gravata é um sinal de que você é importante. E eu acho que o seu pai ficou um gato usando… vou comprar mais algumas para ele!
– Hummm! Então quer dizer que as mulheres gostam de homens que usam esse negócio? – diz o menino, esfregando as mãos e continua:
– Ah mãe, me compra uma para eu usar na escola?
Agora é o pai quem ri e sai da mesa apontando para a mãe.
– Que história é essa senhor Carlos Alberto? Por que esse interesse por uma gravata? Você está querendo impressionar alguma menina? – pergunta a mãe naquele tom intimidador que só as mães sabem ter.
Pai e filho se entreolham com cumplicidade e o pai, rápido apressa o filho:
– Carlinhos, olha a hora! Você vai perder a primeira aula! Rápido para o carro!
O garoto pula da mesa, pega a mochila, dá tchau para a mãe e corre, enquanto o pai ri, olhando para a mãe que gesticula querendo uma resposta.
– Querido, você está sabendo de alguma coisa? Ele só tem 9 anos! Ele te falou algo? Me conta!
– Amor… assunto de meninos, ok? Nos vemos à noite! – diz o pai, beijando o rosto da esposa.
Passados alguns segundos a mãe vai até a porta e grita para o marido, já no carro:
– A Paulinha quer um batom. Você pode comprar para mim, na volta do trabalho?
O pai freia de repente o carro e quase saindo pela janela esbraveja:
– Por que ela quer um batom? Ela só tem 12 anos! O que você está sabendo que eu não sei?
– Amor… assunto de meninas, ok?

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