Já é tradição em casa: sábado é dia de pipoca!
Quando a noite vem, todos se ajeitam no sofá e dividimos um balde gigante de pipocas quentinhas, enquanto assistimos a um filme, preferencialmente uma comédia.
Na verdade o papai prefere filmes de ação, a mamãe gosta dos romances e o meu irmão mais velho, o André, adora filmes de terror com zumbis, monstros e essas coisas. Mas como eu sou o mais novo, quase sempre acabo convencendo todo mundo a assistir o que eu gosto: comédia!
Ah, eu não me apresentei: muito prazer, eu sou o Fabinho, tenho 6 anos e moro com meus pais, meu irmão e o Neymar, nosso peixinho dourado.
Hoje vai ser diferente, pois o vovô e a vovó vieram nos visitar. Faz tempo que eles não aparecem por aqui.
Foi só a minha mãe levantar dizendo que ia fazer as pipocas e a vovó já se ofereceu para ajudar.
– Não precisa, dona Fátima. É só colocar o pacote no micro-ondas… – agradece mamãe.
– Como assim? Que pipoca é essa? – pergunta vovó, que nunca tinha ouvido falar.
Então mamãe abriu o armário, pegou alguns pacotinhos e mostrou como era fácil fazer.
Hum! O cheiro se espalhou rápido pela casa e a minha barriga roncou, não sei se foi de fome ou vontade mesmo.
A vovó não estava acreditando muito que ia dar certo, mesmo ouvindo o milho estourar.
Tão logo ficou pronta, ela e o vovô quiseram experimentar.
– Cuidado com o vapor quente! – alertou meu irmão.
Nós olhávamos para nossos avós, enquanto eles mastigavam, se olhavam e faziam careta.
– Parece que eu estou comendo isopor – reclamou o vovô.
Pegos de surpresa, rimos.
A vovó então, deixando o pacote de lado, perguntou:
– Você não tem milho de verdade?
A mamãe, olhando para o papai, justificou que já a muito tempo optaram pelo milho de micro-ondas, por ser mais prático.
– Querido, vá até o mercado e me traga aquele milho… Aquele da marca que eu gosto! – pede vovó, enquanto o vovô já vai se levantando e saindo.
Óbvio que meus pais não queriam, pois iria dar trabalho para eles, mas como a vovó fez questão, sentamos e esperamos.
Quando o óleo esquentou e o milho começou a estourar, até o papai se levantou para ir mais perto, sentir aquele cheiro maravilhoso.
Até a cor da pipoca era diferente e nós comíamos tão rápido, que parecia que estávamos de jejum a dias.
O filme? Nem me lembro qual foi… Só sei que a vovó não saiu do fogão, enquanto os dois pacotes de milho não acabaram.
– Você vão vir nos visitar no sábado que vem? – perguntei, claramente interessado em comer de novo aquelas pipocas maravilhosas.
Mamãe ralhou* comigo e disse que ela também sabia fazer pipocas na panela.
– Meu Deus, então por que nunca fez para nós? – pensei.
Meu irmão olhou para mim e acho que ele estava com a mesma dúvida.
De qualquer forma, o mais importante é que o dia da pipoca, que já era muito bom, agora vai ficar mais saboroso!

* ralhou: do verbo ralhar, que quer dizer, repreender.

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