Rebecca fica rodeando a mãe, curiosa.
Nos últimos dias ela tem percebido que todos a estão paparicando muito e que ela está comendo mais do que o normal.
– O que será que a vovó veio fazer aqui de novo? Ela quase nunca vinha nos visitar e agora vem todos os dias – pensa intrigada.
A menina sabe que está acontecendo alguma coisa, mas ninguém lhe fala nada.
– Peguei a mamãe chorando por causa de um comercial de margarina! – diz para uma amiguinha da escola.
Durante a tarde Rebecca costuma dormir um pouquinho.
Certo dia ela despertou e ouviu seus pais conversando.
– E o que vamos fazer com a Rebecca? – pergunta a mãe.
O pai, balançando a cabeça, responde:
– Não vai ter jeito… Vamos ter que levá-la para a casa da sua mãe.
Naquele momento a menina sente um aperto no coração e uma vontade muito grande de chorar, mas apenas encosta a porta e corre ligar para Aline, sua melhor amiga.
– Amiga – diz chorando.
– Meus pais vão me dar para a minha avó! Eles não querem mais saber de mim!
As duas conversam durante um bom tempo e ela volta a adormecer, de tanto chorar.
No dia seguinte assim que chega da escola, sua mãe a chama para conversar.
– Amor, que estória é essa de que nós vamos te colocar para fora de casa? A mãe da Aline ligou, preocupada com você.
De cabeça baixa, sem conseguir encarar a mãe, a menina fala baixinho:
– Eu ouvi você e o papai dizendo que vão me levar embora…
A mãe para e pensa um pouco, depois cai na gargalhada.
Rebecca não entende nada e acha que a mãe está feliz, porque agora ela não precisa mais fingir e pode expulsá-la de vez.
A menina sente um aperto no peito e chora.
Então a mãe lhe coloca no colo, passa a mão pelos seus cabelos e fala calmamente:
– Não é nada disso… Eu e seu pai iríamos conversar com você em um outro dia, mas já que você nos ouviu, vou te falar do que se trata.
E olhando bem para a filha, começa:
– Você vai ter que ficar alguns dias na casa da vovó, porque nós vamos pintar o seu quarto e montar o bercinho do seu irmão.
– Irmão? Berço? Que estória é essa? – pergunta a menina, descendo do colo da mãe e parando à sua frente com as mãos na cintura.
A mãe faz uma pausa e confirma:
– É isso mesmo filhinha. Você vai ter um irmãozinho.
De boca aberta e piscando nervosamente, a menina deixa a mãe preocupada.
– Diga alguma coisa, filha!
Saindo do transe ela grita:
– Que legal!
E sai correndo pela casa comemorando:
– Eu vou ter um irmãozinho, eu vou ter um irmãozinho!
Aliviada, a mãe ri da menina que agora está na janela, gritando para todo o bairro ouvir.

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