Momô e Fafá são duas almofadas muito fofinhas.
Elas são gêmeas, mas não idênticas.
Momô é mais clarinha e Fafá é quase da cor da gema de ovo.
Elas tem o mesmo tamanho, mas a personalidade é muito diferente.
Momô é estressada, não gosta de ser questionada e dificilmente muda de ideia.
Já Fafá é mais alegre e expansiva. Acha tudo lindo e colorido.
Apesar das diferenças, as duas se dão muito bem!
Um dia desses estavam descansando sobre o Tonhão, o sofá onde elas ficam, e ouviram um som estranho vindo da rua:
Vrummmm!
O susto foi grande e Momô logo dispara:
– O que foi isso?
– Não deve ser nada! – tranquiliza Fafá.
Momô, já ficando irritada, grita:
– Como não é nada? Claro que aconteceu alguma coisa!
Antes que pudesse continuar a reclamação, dois homens entram na sala atrás de Dona Lúcia, a dona da casa.
– É esse o sofá que vamos reformar? – pergunta um dos homens.
Animada a mulher confirma:
– Sim é esse mesmo!
Já preparando-se para carregar o Tonhão para fora, perguntam:
– E as almofadas, vamos reformar também?
Momô e Fafá engolem a seco e olham apavoradas para Dona Lúcia, que responde:
– Não! As almofadas estão novas, só irão para o varal tomar um solzinho e já ficarão ótimas!
Ufa! – suspira Momô.
Tão logo o caminhão foi embora, a mulher leva as almofadas para a lavanderia, onde passam o final de semana meio esquecidas.
Na segunda-feira Dona Lúcia lembra das almofadas e as leva para o quintal.
– Pronto! Vou deixá-las aqui para arejar – diz a mulher.
Assim que se afasta, Momô começa a se mexer, incomodada porque o prendedor está apertando uma de suas orelhas.
Fafá também está desconfortável e resmunga baixinho, até que Momô não se aguenta, olha para cima e reclama:
– Para de me apertar, seu prendedor chato!
O prendedor, indignado com o tom da almofada, responde:
– Chata é você! Eu estou cumprindo a minha função, que é apertar e não deixá-la cair, mas se ficar reclamando, solto de uma vez e você vai parar no chão sujo!
Rapidamente Fafá tenta colocar panos quentes* na conversa e justifica:
– Desculpe minha irmã, Senhor Pregador! Ela não soube se expressar, talvez pelo fato de que o Senhor é muito forte e o seu aperto está doendo um pouco.
Quando parece que o pregador começa a ficar mais calmo, Momô estraga tudo:
– Soube me expressar sim! Não quero ninguém me apertando mesmo! E não estou nem aí se vai me soltar ou não e…
Ploft! O prendedor não pensa duas vezes e solta Momô, que se esborracha no chão sujo.
Fafá fica apavorada com a situação da irmã lá no chão, sozinha e tenta argumentar com o prendedor:
– Puxa vida, ela não é má pessoa! Só que às vezes fala muito! O que vai ser dela sozinha lá embaixo agora?
O prendedor olha para Fafá e diz, antes de fechar a cara:
– Bem feito! Agora ela aprende a não ser tão bocuda e ranzinza!
Não querendo abandonar a irmã, Fafá pede para que o outro prendedor a solte também.
E lá se vai Fafá para o chão, fazer companhia para a irmã.
– Nossa, que nojo! Esse chão está uma imundície! – reclama Fafá.
– Não diga mais nada! – pede Momô, tão irritada que é possível imaginar aquela fumacinha saindo de sua cabeça.
Dona Lúcia, passando pelo quintal, reclama:
– Ah não! Agora vou ter que lavar as almofadas – e apanhando as duas, joga-as dentro da máquina de lavar.
Girando dentro da máquina, Fafá ri e acha tudo muito divertido. Já Momô faz caretas e resmunga:
– Eu e minha boca grande!

* colocar panos quentes: tentar apaziguar uma situação que pode virar uma briga.

Nota: essa estorinha foi escrita por Katia Marques

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