Jorginho reclama muito quando a mãe pede que ele desligue a tv.
– Mas mãe, eu estou assistindo Chaves!
– Na volta você assiste mais – diz a mãe, pegando as chaves do carro.
– Onde nós vamos?
– Vamos ao supermercado comprar algumas coisinhas que estão faltando.
– Eu não quero ir ao supermercado! Lá é muito chato! – resmunga.
Já afivelando o cinto no menino, a mãe dá aquela resposta padrão que todos conhecemos:
– Você não tem querer.
Durante todo o caminho, Jorginho não desarma o bico.
Por várias vezes a mãe lhe pergunta algo e ele limita-se a responder com grunhidos, como “ahã“, “uhun” e coisas do tipo.
Na hora de descer ele diz que prefere ficar no carro ouvindo música e faz um escândalo quando a porta se fecha atrás dele.
– Eu não vou sentar no carrinho. Isso é coisa para bebês, já vou avisando – resmunga bravo.
Algum tempo depois ele se arrepende, pois a mãe está fazendo um tour por todos os corredores do lugar.
– Estou cansado. Estou cansado – fica repetindo sem parar.
A mãe finge que não ouve e ele se agarra ao carrinho para aproveitar a carona.
Entra em corredor, sai de corredor e de repente chegam no setor dos brinquedos.
Os olhos do menino brilham quando ele vê uma pilha imensa do seu boneco preferido.
– Eu quero!
– Compra para mim?
– Mamãe?
– Esse boneco está na promoção, posso levar?
A mulher quer rir, mas se segura.
Ela limita-se a responder também com grunhidos, o que irrita o filho. Mas como ele não é bobo, aguenta firme e continua pedindo.
– Esse boneco custa muito mais lá perto de casa.
– Se eu não levar agora, com certeza vai acabar logo.
– Eu acho até que temos que levar dois! Assim um eu guardo para quando o outro estragar!
As investidas do menino não surtem efeito e ele vê que estão chegando perto do caixa e sua mãe ainda não o deixou colocar o boneco dentro do carrinho.
Então ele acha que chegou a hora da artilharia pesada e chora, mas não adianta. Se joga no chão e esperneia, mas não adianta. Faz bico e carinha de triste, mas também não adianta.
Por fim vencido, ele puxa a blusa da mãe e fala:
– Desculpe mamãe… Eu sei que fui malcriado e não mereço o presente.
A mãe sente o coração apertar, mas o filho tem que aprender a lição.
O boneco fica jogado em uma prateleira qualquer.
Quem sabe num outro dia ele não faça por merecer?

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