Um dos passeios preferidos de Dieguinho é ir ao estádio ver futebol com seu pai.
Hoje ele tem onze anos de idade e desde os oito frequenta as arquibancadas nos dias de jogos.
Ele conta nos dedos os dias para colocar a camisa do seu time do coração, torcer, gritar e vibrar com lances bonitos e com gols.
– Ele vai ser narrador de futebol da Rádio Bandeirantes! – diz o pai orgulhoso para os amigos.
Isso porque o menino tem o costume de ficar narrando os lances dos jogos da arquibancada.
– Lá vem Juarez, uma finta* bonita, o chute e a bola passa muito longe do gol!
Ele vibra quando o time entra em campo e se emociona quando o Hino Nacional é executado.
Assistir jogos em cidade pequena é bem diferente, pois as pessoas se conhecem.
– Nós nos sentamos sempre no mesmo lugar. É fácil saber quando tem gente nova no pedaço – diz o senhor Mauro, pai do menino.
– Sabe do que eu gosto também, papai? Das bobeiras que comemos! Cachorro quente, pipoca salgada e doce…
Hoje tem jogo e os nossos amigos estão chegando ao estádio.
De longe já dá para ouvir o barulho da torcida, que canta o hino do clube.
Cada vez no estádio parece ser a primeira!
– Os pelos dos braços arrepiam quando a gente entra e vê o campo! – conta o menino para os amiguinhos que nunca assistiram a um jogo.
Ainda faltam alguns minutos para a partida começar e os jogadores estão batendo bola enquanto o juiz e os bandeirinhas verificam se as redes estão bem presas.
– Vai começar papai! – grita Dieguinho eufórico.
Priii! Apita o árbitro.
Logo na saída um jogador adversário dá uma botinada* no craque do time da casa e a torcida levanta e reclama.
O juiz apita a falta e não economiza no cartão.
– Amarelo para você! – diz o juiz.
A falta foi feia, mas deu para ver que o jogador não teve maldade no lance.
– Cartão no começo evita que os jogadores abusem da violência durante o jogo – diz o menino, que entende mais de futebol do que muitos adultos.
Ele não perde nenhum programa de esportes e adora os debates do programa Os Donos da Bola.
– Às vezes o Neto não pensa para falar… Eu me divirto com ele – ri Dieguinho,
O jogo está corrido. Os dois times tiveram algumas chances, mas ninguém fez gol ainda.
Acaba o primeiro tempo e todo mundo desce para ir ao banheiro e para comer.
Nas filas só se ouve os torcedores dando opiniões sobre o que o técnico tem que fazer para o time ganhar.
– Todo mundo vira técnico nessa hora – cochicha o pai para o filho.
O sol começa a esquentar e alguns torcedores tiram as camisas e ficam girando e gritando o nome do time.
– Agora vai, agora vai! – grita Dieguinho, enquanto o craque do time rouba a bola no meio de campo e passa para o centroavante que chuta forte e:
Gooool!!! – grita a torcida.
Zelão, o autor do gol, corre para perto dos torcedores e se joga no gramado, enquanto os outros jogadores vão pulando sobre ele, criando uma verdadeira pilha humana.
Dieguinho vibra e grita alucinado, abraçado ao pai.
O jogo fica duro, com o outro time querendo fazer um gol também, mas não dá tempo.
– Acabou! Ganhamos, papai! – grita feliz o nosso amiguinho.
– Mais umas dez vitórias e nós passamos de fase! – diz o pai confiante.
E lá se vão eles de volta para casa, no meio da pequena multidão que canta e sacode suas bandeiras.

* finta: drible
* botinada: fazer falta violenta no adversário. Termo normalmente utilizado quando o jogador é atingido por um chute violento.

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