Célia é uma fada muito desastrada.
Desde o primeiro dia na escola das fadas, seus professores já sabiam que ela daria trabalho.
Depois que se formou, ela estagiou como fada da lua, fada do campo e muitas outras, até chegar a fada do dente.
Era raro um dia em que ela não fazia uma trapalhada ou que voltava machucada.
Coitadinha! Até quebrou o braço uma vez!
As fadas podem voar, mas ela insistia em fazer tudo andando.
– É muito mais gostoso – justificava, enquanto a enfermeira lhe fazia os curativos.
Todo mundo a conhece. Existe até um jogo de apostas semanal, onde as outras fadas tentam adivinhar qual será a sua próxima mancada.
Mas todos gostam muito dela, pela sua simpatia e alegria com que sai todos os dias para atender às crianças e às vezes adultos, que colocam seus dentinhos debaixo do travesseiro, em troca de uma moeda.
Hoje está tudo calmo e ninguém ainda perdeu um dente, por isso ela e suas amigas estão sentadas, assistindo à novela.
Quando a maioria já foi dormir, o sinal toca e Célia se dispõe a ir, rápida, fazer o atendimento.
Ela confere os dados:
– Hum! Lucas, sete anos… Estava brincando de futebol e uma bolada tirou o dente, que já estava mole. Vamos lá, então!
Nossa amiga sacode sua varinha e zup! Lá vai ela voando, deixando um rastro de luz para trás.
Alguns segundos depois ela já está na casa do menino, procurando uma forma de entrar.
– Não tem chaminé. Não tem portas abertas, nem janelas… Ah! O vitrô do banheiro!
Em silêncio, para não acordar ninguém, Célia procura pelo quarto certo. Abre cuidadosamente uma porta e vê alguns brinquedos espalhados pelo chão.
– É este – pensa.
Desviando de tudo o que está jogado no chão, para não tropeçar, ela vai chegando perto da cama. Passa a mão por baixo do travesseiro e não encontra nada.
– Onde está?
Lentamente dá a volta e procura do outro lado mas não encontra o dentinho.
Somente nesse momento percebe que a criança que dorme é muito nova, logo não pode ser o Lucas.
– Ops! Quarto errado. Esse deve ser o irmão mais novo – diz, enquanto vai se preparando para sair.
Só que se existe a possibilidade de algo dar errado, vai acontecer com quem? Claro, com ela!
A criança acorda, levanta e fica encarando nossa fadinha, que assustada, tenta sair rapidamente dali, mas tropeça em praticamente todos os brinquedos no chão.
Não podendo ser vista, resolve, num impulso, sair voando. Só que ela se esquece que a janela está fechada e ploft! Bate com a cara no vidro!
– Ai, que dor! – geme.
O barulho acorda os pais, que acendem a luz e vem ver o que aconteceu.
Como as fadas tem alguns poderes especiais, Célia se transforma e fica bem pequenininha, podendo se esconder até que tudo se acalme.
Muitos minutos mais tarde, lá está ela, voando de volta, com um dentinho na mão! Ah, mas não é o dentinho do Lucas! É o seu dentinho, que caiu após a trombada na janela!
Coitadinha da fada Célia!

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