A porta se abre e Dudu entra como um furacão, esbarrando em tudo pela frente.
Félix, o gato, até então o dono absoluto do pedaço, se assusta e num pulo alcança a parte mais alta da estante de livros.
Incansável, o cachorro roda a casa toda de um lado para o outro, cheirando tudo.
É o seu primeiro dia ali. Na verdade ele está acabando de chegar.
O vira-lata de pouco mais de um ano foi adotado pela família em um evento na cidade.
Alegre, brincalhão e elétrico ele conquistou a família toda, que não teve dúvidas para escolhê-lo.
Depois de muito cheirar, acabou encontrando os potes de água e comida de Félix, que não está gostando da proximidade do estranho às suas coisas.
A vontade do gato, com certeza, seria pular sobre o cachorro e cravar suas unhas afiadas nele, que está revirando sua comida e derramando toda sua água.
Dudu cheira, cheira, mas não encontra Félix, que se mantém quieto, mas vigilante. Só bem mais tarde seus olhares se cruzam e o cachorro começa a latir para o gato, que responde com um rosnado.
Durante o resto do dia não houve quem tirasse o felino de cima da prateleira. O cachorro, depois de um tempo latindo, esqueceu-se do gato e começou a marcar território, esfregando-se em tudo o que tinha o cheiro do gato.
Pela manhã o confronto dos dois foi inevitável. Dudu acordou e foi dar a primeira voltinha do dia, dando de cara com Félix, que dessa vez não fugiu, apenas recuou um pouco e mostrando os dentes, mostrou para o cãozinho que não estava para brincadeiras.
O cachorro entende o recado e fica de longe só observando.
Mas como todo cachorro novo é bobo, de vez em quando arrisca uma aproximação, prontamente repelida com ameaças.
Ele tenta de tudo para fazer amizade. Empurra uma bolinha para perto do gato, que nem liga. Corre em volta dele mesmo tentando pegar o rabo, para e olha para o gato, que continua ignorando-o.
Félix já tem sete anos e não tem muita paciência para brincar, ainda mais com um “inimigo” natural.
Os dias vão se passando, com o gato de um lado e o cachorro de outro.
Hoje o sol está muito quente e Félix dorme deitado no piso fresquinho da lavanderia, sem perceber que um vulto pula para o quintal da casa e se esgueira sorrateiro até chegar perto dele.
Talvez por instinto ele abre os olhos no momento em que um gato enorme prepara-se para atacá-lo.
A gritaria é grande, com os dois de pelos eriçados e garras à mostra.
Félix está acuado contra a parede e não tem como fugir. Enfrentar o oponente também não é uma opção, pois ele é muito maior.
Quando tudo parecia perdido e ele estava prestes a apanhar, quem surge latindo como um louco? Ele! Dudu!
O gatão, assustado, dá alguns saltos para se safar do nosso amiguinho e some pelo telhado do vizinho.
Dudu fica parado com as patas dianteiras apoiadas no muro, latindo forte, para em seguida voltar abanando o rabo e encontrar Félix todo mijado de medo.
Ele coloca a cabeça de lado e late.
Apesar de agradecido, o gato rosna e sai.
A partir dali a convivência entre os dois fica diferente, com Félix permitindo que Dudu se aproxime dele de vez em quando.
Será que eles vão ser amigos no futuro?

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