Os meninos riem de Isac, que está paralisado enquanto seu sorvete derrete e meleca toda a sua mão.
Um sorriso bobo no rosto e os olhos fixos em Laura, que passeia pelo pátio da escola.
Ela não anda, desfila… Olha que gracinha que ela é… – diz, suspirando.
O sinal toca e ele não ouve. Só não perde a hora de voltar para a sala, porque um dos amigos o puxa pelo braço.
– Às vezes dá vontade de ser reprovado, só para estudar na sala dela o ano que vem – brinca.
Assim que a última aula acaba, ele é o primeiro a sair da sala e correr para a rua, só para vê-la antes de entrar na van da escola.
Essa é a rotina de Isac, que fica acompanhando a van com os olhos, até que ela vire a rua.
Normalmente Laura senta-se e vai lendo até chegar à sua casa. Hoje ela está com o queixo apoiado em uma das mãos, olhando para fora.
Ao passar por Isac, seus olhares se cruzam e ela acena e sorri para ele, que não esperava por isso e leva um susto.
Sentindo o rosto queimar, nosso amiguinho acena de volta e não para, mesmo depois que a van se vai.
– Está fazendo o quê? – pergunta a irmãzinha, que encosta nele para que voltem juntos para casa.
Sem dizer nada, pega na mão da menina e atravessam a rua na faixa de pedestres.
Durante o resto do dia ele só pensa no sorriso e no aceno que ganhou de Laura.
– Essa menina é muito esquisita – diz um amigo pelo telefone.
– Ela tem os cabelos vermelhos! – completa.
Ele não é o único que acha estranho uma menina tão nova, com os cabelos pintados.
– Eu sou ruiva! Meu cabelos não são pintados! – diria a menina mais tarde, rindo.
Isac acha lindo o contraste entre a pele clarinha e os cabelos avermelhados da menina.
Outro dia de aulas começa e o menino está frustrado, pois chegou atrasado e não viu Laura ainda.
No recreio ele anda por tudo e não a encontra.
Desistindo, ele senta-se e começa a mastigar seu lanche, quando sente uma mão que toca seu ombro.
Ao virar-se, dá de cara com Laura sorrindo.
De boca aberta e pão grudado nos dentes, ele quase engasga.
– Oi! – cumprimenta a menina.
– Nossa, que voz linda! – pensa o menino, que nunca tinha ouvido sua voz.
– Você é o Isac do sétimo ano, não é mesmo?
Ainda de boca aberta ele confirma, balançando rápido a cabeça.
– Meu nome é Laura. Eu sou do sexto ano.
Paralisado, com o lanche nas mãos e quase babando, ele só ouve.
– O professor Alberto disse que você é muito bom em matemática… – diz ela, mordendo os lábios.
Como Isac não esboça intenção em falar, ela continua:
– Será que você poderia me dar umas aulas?
E arregalando os olhos, completa rápido:
– Eu pago!
Olhando para o lanche do menino, continua:
– Que tal se eu te trouxer um lanche bem caprichado em troca de algumas dicas?
Engolindo o pedaço de pão que ainda estava na boca, Isac responde gaguejando:
– Pode ser… Para mim está bem…
Laura então abre um sorriso enorme, agradece e combina de se encontrarem no dia seguinte durante o recreio.
Hum! Estou achando que essa estorinha vai ter continuação…
Quem está curioso para saber o que vai acontecer?

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