– Mas como? Por que eu não posso entrar também? – pergunta o pai de Geraldinho, quase indignado.
– Ele é muito pequeno, pode se afogar! – reclama, fazendo cara de desespero.
A atendente, acostumada com esse tipo de situação, responde, atenciosa:
– Fique tranquilo, senhor. É apenas uma piscina de bolinhas, mas se por acaso houver alguma situação de risco, nossos monitores estão prontos para intervir e salvar seu filho.
– Salvá-lo? Então o risco é eminente? Como quer que eu fique tranquilo desse jeito? – retruca o pai.
Geraldinho, apesar dos 6 anos de idade, está morrendo de vergonha e sossega o pai:
– Não se preocupe papai, eu vou ficar bem. Você pode ficar aqui pertinho e se ficar com medo, eu te dou a mão, ok?
A moça, com aquele sorriso amarelo, como que dizendo “Olha a fila aumentando”, ajuda o menino a entrar.
O pai não está nada satisfeito, mas cá para nós, ele não está preocupado com os possíveis perigos da piscina de bolinhas. No íntimo, ele quer é entrar também e participar da brincadeira. Mas o que diriam os demais pais, se ele entrasse sem uma justificativa plausível?
Do lado de fora, ele observa o filho, que se joga de um lado para o outro, por entre as bolinhas multicor e pensa que nunca teve essa oportunidade quando era criança, pois esse é um brinquedo relativamente novo.
O tempo vai passando e um sinal avisa que falta um minuto para terminar a brincadeira. O senhor Geraldo se apressa em comprar mais um tíquete, para que o filho continue brincando.
E assim se vão quase trinta minutos de pura alegria!
– Agora vamos comer um lanche, para repor as energias? – propõe o pai.
– Demorou, velho! – responde o filho, rindo.
– Velho é o seu passado, moleque – diz o pai, fingindo estar bravo.
A tarde vai embora e os dois, cansados, vão para casa.
A semana passa rápido e o pai está ansioso para levar o menino novamente para brincar no parque, mas é com surpresa que vê o filho recusar:
– Essa semana não… Você pode me levar para andar de bicicleta na pracinha?
bom… – responde o pai, meio frustrado.
Geraldinho está muito agitado, mas, apesar de aparentar cansaço, ele não para. De vez em quando, aproxima-se do pai e pergunta as horas.
Por fim, quando a resposta é “São três horas, filho”, ele desce da bicicleta e diz que quer voltar para casa.
O pai acha a atitude do menino muito estranha, mas não se importa muito.
– Vai entender essa garotada – pensa.
Abrindo o portão que dá para o quintal, o pai leva um susto!
– O que é isso?
Tchãm! É uma piscina de bolinhas – grita o filho, que continua:
– E é só nossa!
O senhor Geraldo nem se importa com a esposa, de câmera em punho, registrando tudo. Corre em direção ao cercadinho e se joga, fazendo com que uma onda de bolinhas se esparrame para todos os lados.
Não dá para saber quem está mais feliz: o pai, que finalmente está brincando na piscina de bolinhas, o filho por ver a alegria do pai ou a esposa do senhor Geraldo, que nunca tinha visto o marido tão solto.
Depois de muitas braçadas e longos minutos, ele vira-se para os dois, que estão do lado de fora, só observando:
– Vocês me enganaram direitinho… Eu normalmente não gosto de surpresas, mas isso aqui está bom demais!
Agora ele se joga de costas e convida:
– E aí, vão ficar só olhando? Não querem participar, também?
– Até que enfim! Pensei que não ia convidar nunca – responde o menino, fazendo careta.
E lá se vai a tarde e parte da noite, com a família dentro da piscina de bolinhas.
– O pessoal só vem buscar na segunda-feira cedo, então ainda temos o domingo todo para brincar – avisa a mãe.
Uhu! – comemoram pai e filho, mergulhando cada um para um lado.

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