Os brinquedos de Camila estão todos espalhados pelo chão do quintal e ela, deitada olhando para o céu e cantarolando.
O sol da manhã realça as cores das flores do jardim da casa.
A menina apanha um brinquedo por vez com os olhos fechados e tenta descobrir qual é.
– A boneca que a tia Marilú me deu! Acertei de novo!
– Ah, esse é fácil demais! Meu unicórnio!
E raramente erra, mas quando acontece, arremessa o brinquedo para trás.
Como quase todos os brinquedos próximos a ela já tinham sido pegos, estica o braço bem para trás e alcança um, que lhe deixa intrigada.
– Hum… Pequeno e todo melecado? Não acredito que o Totó andou mastigando meus brinquedos de novo… – diz, enquanto apalpa mais um pouco.
– Gente, esse está muito difícil – reclama.
Como não tivesse acertado, abre os olhos e qual sua surpresa?
– Aiiiiiiii!!! Uma lesma! – grita a menina, enquanto entra como um foguete na casa.
Corre para o banheiro e quase gasta o sabonete lavando as mãos.
– Que nojo! Não acredito que eu peguei uma lesma na mão! – diz com cara de asco.
Muito tempo depois, arrisca chegar perto da janela.
O olhar atento procura o bichinho repugnante, segundo ela.
– E agora? O que vou fazer? – pergunta para si, com ar de desespero.
– Minhas filhas estão lá fora correndo perigo! Que tipo de mãe sou eu?
Agora Camila anda de um lado para o outro, como se isso ajudasse a pensar.
– Já sei! – e corre pegar o telefone.
– Mayara? Só você pode me ajudar, minha linda! – grita, como se tivesse achado a solução.
– Tem uma lesma no meu quintal!
A amiga do outro lado da linha, preocupada:
– E o que você fez? Ela te atacou?
– Não, mas foi por pouco. Eu fui muito rápida, caso contrário acho que não estaria aqui falando com você! – diz, fazendo drama e continua:
– Por isso te liguei. Você é a minha amiga mais inteligente e corajosa! O que eu faço?
Após alguns momentos em que se houve apenas um teclar frenético, a amiga questiona:
– Me diga… É uma lesma ou um caracol?
– Como é que eu vou saber? É um bicho gosmento com uma concha em cima!
– Ah, então é um caracol – decreta Mayara, com ar de sabichona.
Camila não vê no que a diferença pode ajudar:
– E aí? O que devo fazer?
– Bom, se você morasse mais perto, eu pediria para que o meu irmão fosse aí. Sabe como os meninos são bons nisso… Então, não vejo outra alternativa senão trabalharmos em equipe – responde, corajosa.
Aliviada com a ajuda que viria, Camila sorri e pergunta:
– O que vamos fazer então, parceira?
– Pegue o seu celular e me ligue. Depois vá, cuidadosamente para o quintal e localize o caracol. Seja corajosa! – ordena a amiga.
Com o telefone em uma das mãos e um dos sapatos do pai na outra, esgueira-se até achar o bichinho grudado em um dos seus brinquedos.
– Encontrei o alvo – sussura Camila.
– Ótimo! Agora aproxime-se bem lentamente, sem fazer barulho e zap! Mas seja rápida e precisa! – orienta Mayara.
– Zap? O que é isso?
– Zap! Agarre o caracol pela concha e jogue-o por cima do muro – responde a amiga.
Camila pára e endireita o corpo antes de ralar com a menina:
– Eu? Agarrar o monstro? Você está louca Mayara?
– Ué! Você quer que eu faça isso? Como? É você quem está aí… – reclama.
Enquanto as duas discutem pelo telefone, nossa amiguinha não se dá conta que o caracol, lentamente vai sumindo no meio das flores.
– Esquece! Eu não vou fazer isso… – diz, procurando e não achando mais o bichinho.
– Mayara, ele sumiu… E agora? Ele pode estar em qualquer lugar!- diz, entrando em pânico e andando de costas.
– Saia daí rápido amiga! Corra! Entre em casa e feche as portas! – pede a amiga, que continua:
– Agora você vai ter que esperar seu pai chegar. Não tem outro jeito.
Então as amigas se despedem e à tarde vão se encontrar na escola, onde vão narrar para as outras meninas, a aventura dessa manhã!

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