– Tem certeza que eu posso deixar seu irmão para você olhar, Otávio? – pergunta a mãe.
– Claro mamãe! O Murilo é bonzinho e nós vamos ficar brincando aqui no quarto enquanto a senhora faz o almoço – responde o menino sorrindo.
Mesmo sabendo que iria ficar ao lado, dona Regina deixa a porta aberta e mantém os ouvidos atentos.
É a primeira vez que os irmãos vão ficar sozinhos. Otávio, o mais velho, tem apenas cinco anos. Murilo começou a engatinhar agora.
Antes de sair ela faz um checklist de segurança:
– Tomadas tampadas, janela fechada, nenhum brinquedo pequeno no chão…
Mal a mãe sai e o pequeno já se arrasta em direção à porta, mas o mais velho chama sua atenção balançando um ursinho e fazendo de conta que ele fala.
– Olá amiguinho! Onde você vai? Vamos brincar?
Murilo arregala os olhos, agarra o brinquedo e leva à boca, enquanto grita e se remexe todo, elétrico.
– Ai, que gostoso! Você está me fazendo cócegas! – diz Otávio com a mão tampando a boca.
Por alguns minutos o ursinho prendeu a atenção do pequeno, mas quando ele se cansou do brinquedo, jogou para longe e começou a ir em busca da mãe.
Otávio então, pensando rápido, começa a empilhar uns blocos de plástico e chama o irmão:
– Olha , que legal! Eu fiz uma torre!
O colorido do brinquedo faz com que o menino venha rápido e bata com força, atirando os blocos para todos os lados.
Êêê! – faz festa Otávio.
Murilo bate palmas e fica esperando o irmão empilhar tudo, para novamente bater nos blocos e gritar de alegria.
Mas crianças pequenas se entediam fácil. A brincadeira não durou muito e lá estava Murilo indo atrás da mãe.
– Olha… Um livro de estórias! Quer que eu te conte uma estorinha?
Murilo adora olhar as figuras e presta muita atenção quando alguém fala.
Sentados lado a lado, com o livro no colo, Otávio mesmo sem saber ler, começa:
– Era uma vez um rei muito bonzinho…
Enquanto fala, gesticula e prende a atenção do irmão, que provavelmente não está entendendo, mas fica maravilhado com a forma como Otávio interpreta a estória que ele mesmo vai criando.
Aparecem fadas e dragões, que ele faz questão de dizer que são amigos. Ah, na sua estória também tem duendes e uma bruxa malvada que transformou toda a floresta em cubos de gelo.
O cheirinho gostoso da comida toma conta da casa, mas isso não distrai Murilo, que está com os olhos fixos no irmão, que agora colocou o vovô para caçar o sapo gigante que está comendo toda a comida do reino.
De vez em quando a mãe aparece na porta para ver se está tudo bem. Como a algum tempo ela não ouve barulho nenhum, apressa-se em ver o que está acontecendo.
Ao chegar no quarto encontra o filho mais velho recostado na cama e o menor com a cabeça apoiada em seu colo, com o livro caído de lado.
Ela pensa em acordá-los, mas resolve atrasar um pouco o almoço e deixa que os dois descansem.
– É bom que recobrem as energias. Eles ainda tem a tarde toda pela frente! – pensa, enquanto senta-se e apanha o livro para ler.

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