Sentada na grama da pracinha, Bárbara se encanta com uma família de passarinhos que faz algazarra em uma árvore próxima.
– Nossa, que barulheira – pensa, ao mesmo tempo que percebe que as crianças no parquinho são tão bagunceiras quanto os bichinhos.
O maior dos passarinhos desce, acompanhado dos outros. A menina imagina que são a mamãe e os filhinhos, que agora andam saltitando em fila indiana atrás dela.
O cara do carro da pamonha começa a gritar e isso assusta a família que voa para uma árvore mais longe.
Nossa amiguinha se distrai com seus pensamentos e não vê um cachorrinho que se aproxima, senta e fica encarando-a. Quando se dá conta, ele já está indo embora, correndo atrás da dona, que chama:
– Vem Pepe, vem com a mamãe!
Bárbara ri, porque também chama os seus peixinhos de filhinhos e se considera a mãe deles.
– Nossa, que mãe desnaturada eu sou! Esqueci de dar comida para os meus bebês hoje – diz a menina, já tratando de correr de volta para casa, que fica do outro lado da rua.
Ela fica afobada para atravessar, mas lembra dos conselhos dos pais para só fazê-lo na faixa e com o sinal do pedestre no verde. Mesmo assim, acena para os carros e atravessa com cuidado.
– Mãe, você acredita que eu fui brincar e me esqueci de dar o “papá” dos meus amores?
– Sério filha? Não se aborreça, isso acontece…
– Não, mamãe! Como pode uma coisa dessas? Eu sou a mãe deles! – reclama, inconformada enquanto derrama alguns farelinhos de comida no aquário.
Alguns resmungos mais, pega um pedaço de pão e sobe para o seu quarto, dar uma cochiladinha.
Os raios do sol passam pela janela, batendo suave em seu corpo, dando uma sensação gostosa de aconchego. Aos poucos ela fecha os olhos e adormece.
Acorda mais tarde e preguiçosa, desce até a cozinha onde a mãe está terminando de assar um bolo.
– Mais alguns minutos e vai estar pronto, mas é melhor não comê-lo quente, para não dar dor de barriga – diz a mãe.
– Tudo bem, enquanto isso eu vou levar um pouco de milho moído para os passarinhos na praça, tudo bem? – pede.
– Sim, mas volte em meia hora. Vou coar um café também.
Sentada com as pernas cruzadas, ela vai jogando pequenas porções do milho para os passarinhos que, cada vez mais, vão chegando e pousando à sua frente.
– Nossa! Devem ter uns mil! – exagera.
Uns garotos que jogam bola próximo à ela, ao verem os passarinhos reunidos, saem em direção à eles, gritando, só pelo prazer de ver a revoada.
Nossa amiguinha se assusta e briga com eles, que mostram as línguas para ela e saem rindo.
– Meninos! Parece que nunca crescem… – resmunga.
Como a fome é maior do que o medo, aos poucos os bichinhos vão voltando e ficam por ali, até que a comida acabe.
– Acabou, amiguinhos – diz a menina, amassando o saquinho e continua:
– Agora é a minha vez! Vou para casa, pois um bolo de fubá cremoso me espera!
E assim, vai saindo devagar, enquanto os passarinhos se espalham, os meninos continuam jogando bola e o sol começa a se despedir de mais um dia!

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